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quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Campeonato Brasileiro 2003: Cruzeiro 3-0 Santos

Em 20 de Setembro de 2003 ocorreu a primeira decisão da era dos pontos corridos no Campeonato Brasileiro. Era a 31ª rodada, Cruzeiro e Santos eram os líderes com o mesmo número de pontos, e se enfrentaram no Mineirão, sob os olhares de mais de 65 mil pagantes (veja a ficha aqui).

A equipe mineira, comandada por Vanderlei Luxemburgo, era Campeã da Copa do Brasil, tinha o craque do campeonato, Alex, e jogava em casa.

O Santos, de Leão, vinha do vice-campeonato da Libertadores e era o atual campeão brasileiro. Tinha a mesma base do ano anterior, mas estava desfalcada de Diego, que se machucou. Robinho, Elano e Renato eram as principais estrelas.


O jogo tornou-se polêmico logo as 14', quando o árbitro marcou pênalti de André Luís em Wendel. O colombiano Aristizábal bateu de cavadinha e fez o primeiro do Cruzeiro.

O jogo foi aberto, as duas equipes tiveram muitas chances de marcar. Aristizábal mandou uma cabeçada na trave. Gomes fez ótimas defesas, impedindo o gol santista.

Mais polêmica viria quando Fabiano foi expulso por uma cotovelada em Wendel. Leão perdeu o controle e também foi retirado. O Cruzeiro aproveitou bem a superioridade numérica e fez o segundo aos 24' do 2º tempo, com Felipe Melo (ele mesmo).

Jogadores do Cruzeiro comemoram uma importante vitória rumo ao título de 2003.

Aos 28', Aristizábal de novo definiu a partida. 3 a 0. O Cruzeiro abria três pontos de vantagem sobre o Santos, e seguia a passos largos rumo ao título do primeiro Brasileirão da era dos pontos corridos.

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Zap Seco

Como muito bem definido pelo nosso amigo Toni, um técnico "Zap Seco" é aquele que faz a primeira e depois não ganha mais nada.

O blog resolveu fazer a sua listagem de treinadores que se encaixam neste quesito:


Paulo César Carpegiani
Campeão da Libertadores e do Mundial em 1981, e do Brasileiro 1982 com o Flamengo. Começo promissor, mas parou por aí.

Valdir Espinosa
Também campeão da Libertadores e do Mundial, com o Grêmio em 1983. Depois disso, só conquistou títulos estaduais de menor expressão.

Nelsinho Baptista
Campeão Brasileiro 1990 com o Corinthians. Só voltou a conquistar algo "importante", 1998 quando ganhou o Paulistão com o São Paulo.

Geninho
Levou o Atlético-PR ao inédito título Brasileiro em 2001. Teve uma boa oportunidade de progredir no Corinthians, onde ganhou o Paulistão, mas foi só.

Renato Gaúcho
Campeão da Copa do Brasil de 2007 pelo Fluminense, Renato parecia ser uma das grandes promessas para o futuro. O vice da Libertadores no ano seguinte foi seu último grande momento.

Carlos Alberto Silva
Conquistou o Brasileiro de 1978 pelo Guarani. Rodou vários clubes do país, chegou a seleção, sem o mesmo sucesso. Engrenou novamente em Portugal, sendo bi-campeão nacional pelo Porto em 1992 e 1993.

Jair Picerni
Diria eu que Picerni é na verdade um "7 Copas Seco". Bi-Vice do Brasileirão em 2000 e 2001, Vice da Libertadores em 2002 com o São Caetano. Medalha de Prata com a seleção brasileira em Los Angeles 1984. E nenhum título na carreira.

Na sua opinião, quem mais é um "Zap Seco"?

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Deu Zebra: França 0-1 Senegal (2002)

Campeã mundial em 1998, campeã européia em 2000, campeã da Copa das Confederações em 2001. A França chegou ao mundial de 2002 como a principal favorita ao título.

O chorado gol de Bouba Diop deu a vitória aos senegaleses.

O técnico Roger Lemere parecia ter o time na mão durante todo o período que antecedeu a Copa do Mundo. No entanto, a casa começou a cair quando o craque Zidane se contundiu após a longa temporada européia. Zizou não poderia entrar em campo nas duas primeiras partidas do torneio. Para piorar, seu companheiro de meio campo, Robert Pires, nem sequer foi convocado, pois também tinha problemas de lesão.

Nem com tantos problemas, o adversário na partida de estréia parecia não meter medo. Senegal não tinha grandes estrelas e estreava em Copas do Mundo. Este era o cenário até os 30' do 1º tempo, quando Diouf fez boa jogada pela linha de fundo e encontrou Bouba Diop livre na área, que precisou finalizar duas vezes para marcar, sentado, o gol que mudava o rumo da partida.


O desespero então tomou conta da equipe. A falta de criatividade de um meio campo sem Zidane e Pires ficou evidente. Os franceses ainda conseguiram duas bolas na trave, com Trezeguet e Henry. Mas Senegal segurou bravamente o empate (veja aqui a ficha técnica da partida).

Lemere e seus comandados continuaram dando vexame no mundial, não marcaram um gol sequer (0-0 contra o Uruguai e derrota para a Dinamarca por 2-0) e se despediram da Copa de maneira melancólica.

Senegal comemora uma vitória histórica.

Por outro lado, os estreantes senegaleses se tornaram a sensação do mundial, chegando até as quartas de final, quando foram eliminados pela Turquia, na prorrogação.

domingo, 25 de novembro de 2012

Gol de Placa: Ronaldo 1996

Após um mês de férias e um tempinho voltar pra rotina, o blog está de volta, relembrando um dos gols mais bonitos da carreira do Fenômeno. 

Em 12 de Outubro de 1996, Ronaldo mostrou todo seu talento, habilidade e explosão, na vitória do Barcelona sobre o Compostela por 3-0, pelo Campeonato Espanhol.


Lembra de mais algum golaço? Mande pra gente. Abraço!

domingo, 14 de outubro de 2012

Gol de Placa: Marcelinho Carioca 1996

Se o Corinthians era a vítima preferia de Pelé (foram 51 gols em 50 jogos), seu filho Edinho sofreu do próprio Timão um dos gols mais bonitos que a Vila Belmiro já viu após a aposentadoria de seu pai.

Foi em 11 de Fevereiro de 1996, em um jogo válido pelo Campeonato Paulista: Santos 2-2 Corinthians. Veja na narração de Alexandre Santos.

Marcelinho faz um gol de placa na Vila Belmiro.

Mande suas sugestões para a seção Gol de Placa!

sábado, 13 de outubro de 2012

Times Históricos: Ajax 1970-1973

A obra prima de Rinus Michels iria se consolidar com a Laranja Mecânica na Copa de 1974, porém a base deste time começou a ser construída por ele mesmo, anos antes, no Ajax.

Foto oficial do Ajax, tri-campeão europeu, em 1973

Liderados por Johan Cruyff, o "Totaal Voetbal" sonhado por Michels, começou a tomar forma. Na temporada 1970-1971, o Ajax teve pela frente o Nëntori Tirana (Albânia), Basel (Suíça), Celtic (Escócia) e Atlético de Madrid (Espanha) até chegar à final diante do Panathinaikos (Grécia), do técnico Fèrenc Puskas. Em 2 de Junho de 1971, no Estádio Wembley, em Londres, não houve dúvidas de que a título iria para os holandeses - Dick van Dijk (5') e Arie Haan (87') fizeram os gols do jogo. Veja o video da primeira conquista, no trecho no documentário da série ESPN Classics.

Final do Europeu 1970-1971: Ajax 2-0 Panathinaikos

Na temporada 1971-1972, já sob o comando do romeno Stefan Kovacs, o atual campeão teve pela frente o Dynamo Dresden (Alemanha Oriental), Olympique Marseille (França), Arsenal (Inglaterra) e Benfica (Portugal). Na final, um show de Cruyff contra a forte Internazionale (Itália), com dois gols marcados (47' e 78'). O jogo ocorreu em 31 de Maio de 1972, no Estádio De Kuip, em Rotterdam.

Final do Europeu 1971-1972: Ajax 2-0 Internazionale

Em 1972-1973, CSKA Sofia (Bulgaria), Bayern München (Alemanha) e Real Madrid (Espanha) foram eliminados. A decisão ocorreu em 30 de Maio de 1973, no Estádio Estrela Vermelha, em Belgrado. Johnny Rep marcou o único gol do jogo aos 4', e o Ajax sagrou-se tri-campeão ao bater o Juventus (Itália).

Final do Europeu 1972-1973: Ajax 1-0 Juventus

Johan Cruyff, Arie Haan, Johnny Rep, Ruud Krol, Johan Neeskens, Piet Keizer e Wim Suurbier seriam liderados novamente por Rinus Michels em 1974, encantando o mundo na versão mais perfeita do Futebol Total, a inovadora maneira de jogar em que os jogadores não guardavam posição e apareciam por todos os lados do campo.

Obs.: O Ajax desistiu da disputa do Mundial Interclubes nos anos de 1971 e 1973. Os holandeses disputaram apenas em 1972, quando venceram o Independiente (Argentina): 1-1 em Avellaneda, 3-0 em Amsterdam.

Johan Cruyff: craque e capitão do Ajax tri-campeão

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Campeonato Paulista 1993: Palmeiras 4-0 Corinthians

Faziam 16 anos que o Palmeiras não ganhava um título sequer. Na temporada 1993, a equipe trazia várias novidades. O patrocínho da empresa italiana Parmalat vinha com tudo, contratando craques como Edmundo, Roberto Carlos, Zinho. O Palestra vinha muito forte para o primeiro compromisso do ano, o Paulistão, que contava com o São Paulo, campeão mundial, os fortes times do interior, surpreendentes nos anos anteriores: Bragantino, Novorizontinho, Mogi-Mirim.

Mas na final, a equipe de Vanderlei Luxemburgo teve pela frente seu maior rival, o Corinthians. Na primeira partida, o Timão venceu por 1 a 0, e colocou a pressão toda para o adversário.

No dia 12 de Junho de 1993, Palmeiras e Corinthians disputaram a segunda partida, no Morumbi, para mais de 104 mil espectadores. Luxemburgo mandou a campo: Sérgio, Mazinho, Antonio Carlos, Tonhão e Roberto Carlos; César Sampaio, Daniel e Zinho; Edílson, Edmundo e Evair. O Corinthians de Nelsinho Baptista estava escalado com: Ronaldo, Leandro, Marcelo Djian, Henrique e Ricardo; Marcelinho Paulista, Ezequiel, Neto e Paulo Sérgio; Adil e Viola.

O Palmeiras precisava vencer por qualquer placar para levar a decisão para a prorrogação. Zinho marcou aos 36'. No segundo tempo, Evair (74') e Edílson (83') ampliaram. O Verdão precisaria apenas de um empate no tempo extra para levar o título.

Gols do jogo, na narração de José Silvério.

A prorrogação teve emoção de sobra. Mas era dia do Palmeiras sair da fila! Evair foi o herói do título, marcando aos 10'. O Palmeiras voltava às glórias, sobre o maior rival.

Palmeiras Campeão Paulista 1993 (Mazinho, Roberto Carlos, Tonhão, Sérgio e Antonio Carlos; Edmundo, Daniel, Evair, Edilson e Zinho)

Nos links abaixo, você pode ver o jogo na íntegra:




Sarrafadas, carrinhos e afins...

Pode ser a antítese do talento, um crime ao bom futebol ou um afronte ao esporte, mas vale lembrar algumas "sapatadas" que deram ibope nos últimos anos.

Começamos com Bedoya, meio-campo colombiano que alcançou a marca de 41 cartões vermelhos com esta singela agressão:


A homenagem de Coelho a Kerlon após o drible da foca:


Vamos agora a uma compilação dos "melhores momentos" da EURO 2012:








E o que dizer deste Old Firm (Celtic X Rangers) então, uma verdadeira demonstração do futebol viril:


Durante o amistoso Brasil X USA em Junho, tivemos essa levantada de Jones em Neymar:



Uma clássica, Felipão erguendo Batista:






E pra fechar, a tatuagem de De Rossi:





Se você se recorda de alguma sarrafada que merece estar aqui, relembre no comentários que ela terá o devido espaço no post.

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Deu Zebra: Once Caldas - Libertadores 2004

Jogadores do Once Caldas com as medalhas e a Taça Libertadores

Imagine uma edição da Taça Libertadores com Boca Juniors, River Plate, Vélez Sarsfield, Cruzeiro, Santos e São Paulo tendo como campeão o Once Caldas da Colômbia (Quem???). Pois esta foi uma das maiores zebras já vistas no mais importante torneio sulamericano.

A Corporación Deportiva Once Caldas se credenciou a disputar a Taça Libertadores de 2004 por ter sido o campeão do Torneio da Apertura da Colômbia em 2003 (seu único título havia sido conquistado em 1950!!!) e caiu no Grupo 2, ao lado de Vélez Sarsfield, Unión Maracaibo da Venezuela e Fénix do Uruguai.

Pois bem, o Once Caldas terminou a fase de grupos com a 1ª colocação disparada, com 13 pontos, contra 8 do outro classificado, o Unión Maracaibo e 7 do eliminado Vélez, o Fénix amargou a lanterna com 5 pontos. Foram 4 vitórias, 1 empate e 1 derrota, com 11 gols marcados e 6 sofridos.

Nas oitavas-de-final, vem o Barcelona do Equador e junto com ele 2 jogos sofridos, empate sem gols em Guayaquil e no jogo de volta, 1x1 e decisão por pênaltis, com a classificação após uma vitória por 4x2 na série.

O primeiro grande desafio surge nas quartas-de-final, contra o Santos de Robinho e Diego. Empate por 1x1 no jogo de ida, na Vila Belmiro, na volta, o estádio Palogrande viu a primeira surpresa promovida por Los Blancos, Valentierra marca o gol único da partida e sacramenta a classificação para a semifinal.

Na semifinal outro grande clube brasileiro, o forte time do São Paulo, que contava com Lugano, Grafite, Luis Fabiano, Gustavo Nery e Diego Tardelli entre outros. O jogo de ida no Morumbi terminou 0x0, mas contou com um lance inusitado, provocado pelo goleiro colombiano Henao (3:09 do vídeo). Ao defender um chute de Luis Fabiano, Henao colocou a bola no chão e simplesmente rolou a bola com a testa antes de repô-la em jogo. A volta em Manizales teve contornos de um legítimo drama, até os 44:52 do 2º tempo, o jogo permanecia empatado em 1x1, até que Agudelo recebeu lançamento, cortou a zaga e mandou rasteiro no gol de Rogério Ceni. O Once Caldas estava na final da Libertadores 2004. O adversário: Boca Juniors, após 2 duelos eletrizantes contra o eterno rival River Plate.


 

Na decisão, o atual campeão, o fortíssimo Boca Juniors de Pato Abbondanzieri, Clemente Rodriguez, Schiavi, Burdisso, Battaglia, Schelotto, com Iarley usando a camisa 10 e Carlos Tévez sendo o craque do time. No 1º confronto, o Once Caldas surpreendeu novamente e manteve seu retrospecto de segurar o resultado por 0x0 fora de casa, mas desta vez foi contra uma Bombonera lotada por mais de 57 mil torcedores empurrando todo o tempo. A volta, no Palogrande, começou com um golaço de Viáfara, uma bomba de fora da área logo aos 7 minutos do 1º tempo, para delírio da torcida local, mas aos 6 do 2º tempo, Burdisso sobe mais que a zaga colombiana e empata o jogo, levando a decisão para os pênaltis, onde brilhou novamente a estrela de Henao, com o acostumado Boca perdendo todas as suas 4 cobranças (Schiavi, Cascini, Burdisso e Cángele perderam), ao Once Caldas coube a converter duas das cobranças (Soto e Agudelo, Viáfara e Ortegón perderam) e conquistar a Taça Libertadores 2004, levando ao Mundial Interclubes contra o Porto, outra zebra do ano de 2004.

Abaixo os melhores lances e a comemoração dos jogadores e torcida, com a narração local.



domingo, 7 de outubro de 2012

Gol de Placa: Ronaldinho 1999

Olha o que ele fez! Olha o que ele fez! Olha o que ele fez!


Era estréia do Brasil na Copa América 1999, no Paraguai. Vencemos a Venezuela por 7 a 0, não foi dos jogos mais difíceis, mas foi inesquecível por causa desta obra de arte do garoto Ronaldinho.

Faça sua sugestão de gol de placa para a próxima semana.

Abraço!

sábado, 6 de outubro de 2012

Times Históricos: Internacional 1975-1976

Em 1975 foram 30 jogos, 19 vitórias, 8 empates e 3 derrotas; 51 gols a favor e 12 contra. Campeão Brasileiro. Em 1976, 23 jogos, com 19 vitórias, 1 empate e 3 derrotas. Bicampeão Brasileiro, após conquistar pela 8ª vez consecutiva o título gaúcho.

Internacional: Bi-Campeão Brasileiro 1975-1976

O Internacional da década de 70 é, com certeza, um dos maiores times que o Brasil já viu. O técnico Rubens Minelli conseguiu montar um belo elenco, a começar pela segurança de um dos maiores goleiros da história: Manga, que voltava ao futebol brasileiro depois de brilhar com a camisa do Nacional de Montevidéu. O iluminado Elías Figueroa era o capitão e cherife daquela equipe, e autor do gol que deu o título de 1975, na final contra o Cruzeiro (1-0 - video).

Final do Brasileiro 1975: Inter 1-0 Cruzeiro

O meio-campo era o celeiro de craques daquele time. Contava com os ídolos Paulo Roberto Falcão, Paulo César Carpegiani (até 75), Batista (a partir de 76) e Caçapava. O ataque era extremamente eficiente, tinha Lula e Valdomiro nas duas campanhas. Flávio esteve em 1975 e foi o artilheiro da competição com 16 gols. A mesma coisa aconteceu com Dadá Maravilha, em 1976, com os mesmos 16 gols. Dadá e Valdomiro marcaram os gols do segundo título nacional, vencendo o Corinthians na final por 2-0 (vídeo).

Final do Brasileiro 1976: Inter 2-0 Corinthians

O toque de bola, a inteligência de seus jogadores, o bom posicionamento, a raça gaúcha. Jogo após jogo, o Colorado dava mostras de que marcaria história. Um dos gols mais emblemáticos daquele time foi marcado por Falcão, contra o Atlético Mineiro em 76: a famosa tabelinha de cabeça - Darío recebeu de Figueroa e passou para Falcão, que tocou para Escurinho devolver para Falcão estufar as redes.

Gol de Falcão após tabelinha de cabeça, em 1976.

O Internacional perderia a hegemonia nos anos seguintes, mas com a maioria dos remanescentes do bi-campeonato, voltaria a brilhar no ano de 1979, conquistando o tri-campeonato de maneira invicta, já sob o comando de Ênio Andrade.




sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Hino da Semana: América-RJ

Hei de torcer, torcer, torcer...Hei de torcer até morrer, morrer, morrer...Pois a torcida americana é toda assimA começar por mimA cor do pavilhão é a cor do nosso coraçãoEm nossos dias de emoçãoToda torcida cantará esta cançãoTra-la-la-la-la-laTra-la-la-la-la-laTra-la-la-la-la
Campeões de 13, 16 e 22Tra-la-laTemos muitas glóriasE surgirão outras depoisTra-la-laCampeões com a pelota nos pésFabricamos aos montes, aos dezNós ainda queremos muito maisAmérica unido vencerás! 

Uma consideração e uma admiração: o hino foi composto por Lamartine Babo, que teve a tarefa de compôr os hinos dos 6 principais clubes do Campeonato Carioca de 1949, patrocinado pelo programa de eádio Trem da Alegria. Lamartine compôs primeiramente o de seu time de coração, o América, hino este que considero o mais bonito de todos os clubes brasileiros.

Camisa da Semana: Brasil 2010


Hoje uma camisa de gosto duvidoso, porém interessante, mas que traz uma triste lembrança ao torcedor brasileiro. A camisa away usada pela Seleção Brasileira no ano de 2010, mais precisamente na Copa do Mundo.
A sempre elegante camisa azul da Seleção contou, neste modelo, com bolinhas amarelas espalhadas pela camisa, gola amarela e uma listra horizontal na manga, sendo que no modelo vendido ao torcedor, a listra do lado esquerdo contava com 5 estrelas referentes ao pentacampeonato.




A camisa foi utilizada apenas duas vezes, a 1ª no amistoso preparatório contra o Zimbábue e no decepcionante confronto contra a Holanda pelas Quartas-de-Final da Copa de 2010. Em ambas foi utilizada na tradicional combinação com calções brancos e meias azuis.
Um detalhe interessante (o post será atualizado com uma foto do mesmo) é a inscrição "Orgulho e Amor", localizada no verso do escudo, do lado de dentro da camisa. Vale uma menção pessoal a esse detalhe: só fui reparar que ele existia quando tirei a camisa logo após o jogo contra a Holanda.

Segue a camisa em uma versão digamos, estilizada:



Devido ao rigoroso inverno sulafricano, a Nike preparou um agasalho para "combinar" com cada camisa na entrada dos times e execução dos hinos, eis a versão respectiva a nossa camisa.


O "destaque" com a camisa fica por conta do "show" de Felipe Melo, uma assistência perfeita para o gol de Robinho, seguida de 2 presepadas que culminaram na expulsão quando já perdíamios por 2x0.

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

UEFA Champions League 2004-2005: Milan 3-3 (2-3) Liverpool

One night in Istanbul
(Uma noite em Istanbul).

A capital turca recebeu pela primeira vez na história a final da UEFA Champions League. Foi na noite de 25 de Maio de 2005, no Estádio Olímpico Atatürk. Milan vs. Liverpool.


O Milan, campeão dois anos antes, era o favorito. Tinha estrelas como Shevchenko, Kaká, Dida, Maldini, Seedorf, Pirlo, Crespo. Era dirigido pelo multi-campeão Carlo Ancelotti. A defesa era sólida, o meio campo criativo, Kaká e Sheva viviam grande fase. 

Naquela noite, Ancelotti escalou Dida, Cafu, Jaap Stam, Alessandro Nesta e Paolo Maldini; Andrea Pirlo, Gennaro Gattuso, Clarence Seedorf e Kaká; Hernán Crespo e Andriy Shevchenko.

O Liverpool era realmente um azarão. Chegar à final eliminando favoritos como Juventus e Chelsea já parecia um grande feito para os comandados de Rafa Benítez, que fazia sua primeira temporada comandando os Reds. Mas eles queriam mais, e mandaram a campo Jerzy Dudek, Steve Finnan, Jamie Carragher, Sami Hyypiä e John Arne Riise; Xabi Alonso, Djimi Traore, Steven Gerrard, Harry Kewell e Luís García; Milan Baros era o único atacante.

One Night in Istanbul - Part I

Maldini fez o primeiro gol do Milan logo no primeiro minuto de jogo. Mesmo com a desvantagem, o Liverpool não conseguia sair para o ataque, e os rossoneros dominavam. E conseguiram o segundo gol aos 39' com Crespo. O argentino também fez o terceiro aos 44'. Fim de primeiro tempo: Milan 3-0. Tudo parecia decidido.

One Night in Istanbul - Part II

Quando as equipes voltaram do vestiário, percebia-se que nada iria mudar. O início do segundo tempo foi como todo o primeiro, com domínio do Milan. Até que aos 54', o capitão Gerrard diminuiu para os Reds. Dois minutos depois, Vladimir Smicer fez o segundo dos ingleses. A partir daí, a tensão tomou conta do jogo. O Liverpool se inflamou e o Milan recuou, sentia a pressão. Aos 60', o árbitro espanhol Manuel Mejuto González marcou pênalti. Era a chance do Liverpool  nos pés de Xavi Alonso, que perdeu, mas no rebote empatou o jogo. Na meia hora restante, muitas chances de gol, a cada lance, mais emoção. Fim do segundo tempo: 3-3.

One Night in Istanbul - Part III

O jogo foi para a prorrogação, os nervos continuavam a flor da pele. Na melhor oportunidade de gol, Dudek fez um milagre num chute a queima roupa de Shevchenko, num lance que poderia ter decidido o título. Não houve gols no tempo extra. O duelo Dudek vs. Shevchenko agora aparecia em novo momento crucial: a quinta cobrança do Milan, quando o marcador apontava Liverpool 3-2. Novamente o goleiro polonês foi o vencedor. O Liverpool provava que nada seria impossível naquela noite em Istanbul.


terça-feira, 2 de outubro de 2012

Momento Magu: Oséas 1998 & 2000

Certa vez, jogávamos uma pelada entre amigos, uma das poucas que teve a presença de nosso querido Magu. A partida terminou 3-2 para o adversávio. Magu fez os cinco gols.

Pela Copa João Havelange em 2000, Internacional e Cruzeiro se enfrentavam no Beira Rio, em Porto Alegre. Deu empate em 1-1. Oséinha da Bahia fez os dois.


O mesmo Oséas, em 1998, já havia marcado um golaço contra as próprias redes, num clássico entre Palmeiras e Corinthians. Que faaaase, hein Oséas!!


segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Deu Zebra: Criciúma - Copa do Brasil 1991

Jogadores do Criciúma dão a volta olímpica, na comemoração do título da Copa do Brasil 1991.

A Copa do Brasil foi criada em 1989 e reunia inicialmente apenas os campeões estaduais. O torneio, disputado na forma de confrontos eliminatórios (mata-mata) passaria a colecionar zebras a partir dos anos. E a primeira delas apareceu em 1991, em sua 3ª edição.

O Criciúma Esporte Clube, de Santa Catarina, chegava à maior conquista de sua história, sob o comando do jovem treinador Luís Felipe Scolari, batendo na final o poderoso Grêmio, de Porto Alegre. O time-base do Tigre tinha Alexandre; Sarandi, Vilmar, Altair (Wilsão) e Itá; Roberto Cavalo, Gélson e Grizzo; Zé Roberto, Soares e Jairo Lenzi.

Felipão, nos tempos de Criciúma - seu primeiro título de expressão.

A campanha começou com um empate (1-1) e uma vitória (4-1) sobre o Ubiratan, do Mato Grosso do Sul.  Na segunda fase, a primeira surpresa: os catarinenses eliminaram o Atlético Mineiro, com duas vitórias (1-0 e 1-0). Nas Quartas de Final, o adversário foi o Goiás - empate em Goiânia (0-0) e uma vitória arrasadora no Heriberto Hülse (3-0).

Nas semifinais, o Tigre teve pela frente o Clube do Remo, que havia deixado Vasco da Gama e Vitória para trás. Logo no jogo de ida, em Belém, a equipe de Felipão não deu chances ao adversário e venceu por 1- 0. Em Criciúma, outra vitória (2-0) classificou o time à final. Veja abaixo os melhores momentos da semifinal:


O adversário da Final era o Grêmio, campeão dois anos antes, invicto até então, e que havia eliminado Corinthians e Coritiba. O jogo de ida ocorreu no Olímpico, em Porto Alegre. Os catarinenses surpreenderam logo aos 15', marcando com Valmir. O jogo transcorreu com muita pressão gremista, que só conseguiu o empate aos 83', com Maurício. Veja o vídeo.


O resultado dava à equipe de Felipão o direito de jogar por um empate sem gols no jogo de volta, no Heriberto Hülse. E foi exatamente o que aconteceu. O Criciúma jogou pensando no regulamento e segurou o 0-0 até o fim, surpreendendo a todos para conquistar a Copa do Brasil de 1991.


Nas próximas segunda-feiras, mais zebras virão! Deixe sua sugestão.

Abraço



domingo, 30 de setembro de 2012

Gol de Placa: Zidane 2002

15 de Maio de 2002. Final da UEFA Champions League, no Hampden Park, em Glasgow (veja aqui a ficha completa do jogo). Real Madrid e Bayer Leverkusen empatavam em 1 a 1 (gols de Raúl aos 8' e Lúcio aos 13'). Aos 45', Roberto Carlos mais se livrou da bola do que a cruzou. Ela foi parar no alcance de Zinedine Zidane, que fez isto:



Este golaço deu o 9º título europeu ao Real Madrid. Abaixo, um documentário da série Football's Greatest da Sky Sports sobre o craque Zidane, carrasco do Brasil nas Copas de 1998 e 2006.


Se você lembra de mais algum golaço de Zizou, registre nos comentários.
Abraço

sábado, 29 de setembro de 2012

Times Históricos: Arsenal 2003-2004

The Invincibles (Os invenvíceis). Assim é conhecido o Arsenal campeão inglês da temporada 2003-2004. Comandado pelo francês Arsene Wenger, os Gunners conquistaram o título de maneira invícta (26 vitórias e 12 empates), marcando 76 gols e sofrendo apenas 26. Mais do que isso, era um time que encantava. Um time baseado na habilidade e posicionamento de seus jogadores em campo, e que tinha no contra-ataque a sua arma fatal. Bastavam 6 ou 7 toques na bola para que um de seus craques estivesse cara a cara com o goleiro adversário.
A linha defesiva do time era composta pelo goleiro alemão Jens Lehmann, o lateral-direito camaronês Lauren, os zagueiros Kolo Touré e Sol Campbell, além do lateral-esquerdo Ashley Cole.
No meio campo, o brasileiro Gilberto Silva tinha a companhia do capitão Patrick Vieira e os rápidos meias Freddie Ljungberg e Robert Pirès.
Mas era a dupla de ataque que mais encantava a todos naquele time: Thierry Henry e Dennis Bergkamp. Dois craques. Henry viveu no Arsenal o melhor momento de sua carreira, foi o artilheiro daquela campanha com 30 gols, e é idolatrado até hoje pelos torcedores londrinos. Bergkamp, já em final de carreira, continuava exibindo a categoria e a frieza de sempre.
O time do contra-ataque, os invencíveis, um time como o Arsenal nunca mais viu.

Abaixo, um video em homenagem aos Invincibles.


Pra quem tiver mais tempo, segue um documentário mais completo. Vale a pena!


Quem lembra deste time? Lembra de algum gol, algum lance bonito? Conte-nos nos comentários.

Abraço!

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Hino da Semana: Clube Atlético Juventus (Juventus da Mooca)


Este moleque travesso
Que tem nome e tradição
Merece o nosso respeito
É a força jovem da nação

 Este moleque travesso
Que tem nome e tradição
Merece o nosso respeito
É a força jovem da nação

Que belo time
Que belo esquadrão
 Juventus amigo
Do meu coração

Que belo time
Que belo esquadrão
 Juventus amigo
Do meu coração

Juventus, Juventus
Eu estou aqui
Vamos torcer juntos Juventus
E daqui nunca mais sair

Juventus, Juventus
Eu estou aqui
Vamos torcer juntos Juventus
E daqui nunca mais sair

Que belo time
Que belo esquadrão
 Juventus amigo
Do meu coração

Que belo time
Que belo esquadrão
 Juventus amigo
Do meu coração

Juventus, Juventus
Eu estou aqui
Vamos torcer juntos Juventus
E daqui nunca mais sair

Juventus, Juventus
Eu estou aqui
Vamos torcer juntos Juventus
E daqui nunca mais sair


quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Camisa da Semana: Atletico de Madrid Home 2008/2009



Iniciando a coluna semanal que vai falar sobre as camisas de futebol (sejam da minha coleção ou não), vamos com essa belíssima camisa, o modelo 1 (Home) que o Atletico de Madrid usou na Temporada 2008/2009.
A camisa traz as tradicionais listras verticais em vermelho e branco, usadas desde 1911 (anteriormente a camisa era divivida verticalmente em azul e branco) e conta com detalhes em azul nos punhos e na barra da camisa, outro detalhe interessante das camisas do Atletico em geral, é que na manga direita, abaixo do patch com o ano da camisa, neste caso "TEMPORADA 2008-2009".
Na parte interior da camisa, nas costas, temos a inscrição "BENDITA AFICION", dedicada a torcida colchonera.



Os calções e meiões, tradicionalmente azuis, foram usados na cor vermelha em algumas ocasiões, de acordo com o adversário visitado.
Na temporada 2008/2009, o Atletico chegou na 4ª posição da Liga Espanhola, caiu nas oitavas de final da Copa do Rei diante do Barcelona e também ficou na mesma fase da Champions League, após 2 empates com o Porto.
O grande destaque da temporada foi Diego Forlán, que usava o número 7 e foi o artilheiro da Liga Espanhola com 32 gols.

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

FIFA World Cup 1994: Brasil 3-2 Holanda

Boa noite a todos!
Criei este blog simplesmente para registrar alguns momentos deste apaixonante esporte que não sai de nossas memórias. Claro que também teremos espaço para assuntos atuais, mas o principal foco é "o tempo em que se amarrava cachorro com linguiça". Terei a companhia de nosso amigo Caio, que em breve postará novidades.
Para começar, uma das vitórias mais empolgantes da nossa seleção na Copa de 94. O Brasil, que chegou ao mundial com muita desconfiança, começava a ganhar corpo após passar por Rússia, Camarões, Suécia e EUA. Nas Quartas-de-Final, o adversário era a forte Holanda, do goleirão De Goey e do craque Dennis Bergkamp.
No primeiro tempo, foram poucas emoções. Mas a segunda etapa foi alucinante. Em um bonito contra-ataque, Bebeto achou Romário, que fez 1 a 0. O segundo gol saiu quando Bebeto se viu sozinho frente a De Goey, teve calma e saiu para homenagear o filho Matheus. A Holanda não estava morta. Em momentos de discuido dos brasileiros, Bergkamp diminuiu, e Winter empatou. Mas era dia de Brasil, era dia de Branco, que fazia seu primeiro jogo na Copa depois de uma contusão que quase o tirou do mundial. O camisa 6 cavou uma falta na intermediária que ele mesmo cobrou, contou com um corta-luz de Romário, e fez o gol que garantiu o Brasil na Semifinal. 3 a 2.
Veja os melhores momentos desse jogaço, com a narração do Galvão, claro!
Abraço!