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sábado, 17 de maio de 2014

Deu Zebra: Alemanha 0-3 Croácia (1998)

Quartas de Final da Copa do Mundo de 1998. Alemanha, tri-campeã mundial, atual campeã européia, franca favorita contra a Croácia, estreante em Copas depois de sua emancipação junto a antiga Iugoslávia.

Os alemães estavam invictos. No Grupo F, passaram por Estados Unidos (2-0), Iugoslávia (2-2) e Irã (2-0). Nas Oitavas de Final, derrotaram o México (2-1). Os croatas passaram em segundo no Grupo H, onde jogaram contra Jamaica (3-1), Japão (1-0) e Argentina (0-1). Nas Oitavas, venceram a Romênia (1-0).

Os croatas comemoram um feito histórico na Copa de 1998 - avançar as Semifinais, batendo a Alemanha.

Na Eurocopa de 1996, as duas seleções travaram um belo duelo, com vitória alemã por 2-1, o que aumentou as expectativas para a partida no Estádio Gerland, em Lyon. No primeiro tempo, o que se viu foi a melhor partida da Alemanha até então na Copa do Mundo, desperdiçando boas oportunidades de gol. Mas a partida mudou seu rumo aos 40 minutos, com a expulsão do zagueiro alemão Christian Wörns.

Poucos minutos depois, já nos acréscimos da primeira etapa, Robert Jarni mandou uma bomba de fora da área, abrindo o placar para a Croácia.

Jarni, de fora da área, faz o primeiro gol do jogo.

No segundo tempo, o treinador alemão Berti Vogts mandou seu time ao ataque. Os alemães pressionaram pelo gol de empate. Mas Goran Vlaovic, aos 35, e Davor Suker, o artilheiro da Copa, aos 40 minutos, aniquilaram as chances de recuperação dos tri-campeões.

A Croácia eliminava a Alemanha, e com um placar elástico de 3-0. Feito que parecia impossível, mas que colocou definitivamente a seleção croata no mapa do futebol mundial.

Veja os melhores momentos da partida.

Nas Semifinais, a Croácia seria eliminada pela campeã França (1-2). Mas outro triunfo histórico sobre a Holanda (2-1) colocou os croatas na histórica terceira colocação na Copa do Mundo.

Davor Suker, artilheiro da Copa de 1998, e símbolo da geração croata que fez história.

sexta-feira, 16 de maio de 2014

Olho Nele! - Kun Agüero


Sergio Lionel Agüero del Castillo, mais conhecido como Kun Agüero, nasceu em Quilmes, em 1988. Começou sua carreira pelo Independiente, de Avellaneda. Em 2006, transferiu-se para o Atlético de Madrid, onde foi campeão da UEFA Europa League e da UEFA Super Cup. Em 2011, foi contratado para ser uma das estrelas do Manchester City. Na Inglaterra, conquistou duas vezes o título nacional, em 2012 e 2014.

Pela seleção argentina, Agüero conquistou a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008. Foi reserva na Copa do Mundo de 2010, disputou os jogos contra a Coréia do Sul (4-1), Grécia (2-0) e Alemanha (0-4). Sem nenhum gol marcado em mundiais, ele é uma das grandes esperanças de gol dos hermanos no Brasil.

quinta-feira, 15 de maio de 2014

FIFA World Cup 1986: Argentina 2-1 Inglaterra

Maradona se torna Diós

O zagueiro argentino Roberto Perfumo disse em 2002 ao jornal britânico The Guardian que "em 1986, vencer aquele jogo contra a Inglaterra era o suficiente. Vencer a Copa do Mundo era secundário para nós. Bater a Inglaterra era nosso verdadeiro objetivo". (Veja aqui a ficha técnica da partida)

Tanta vontade argentina em vencer aquele jogo vinha de quatro anos atrás, não do futebol, mas de um histórico conflito entre as duas nações, a Guerra das Malvinas, que culminou no êxito britânico na recuperação do arquipélago ao sul das Américas.

Maradona marca o gol mais bonito da história das Copas.

O jogo era válido pelas Quartas de Final da Copa de 1986. A Argentina, campeã em 1978, terminou a primeira fase em primeiro lugar do Grupo A, vencendo a Coréia do Sul (3-1), empatando com a Itália (1-1) e vencendo também a Bulgária (2-0). Nas Oitavas de Final, derrotaram o grande rival Uruguai (1-0). A Inglaterra, campeã de 1966, ao contrário, vinha de uma campanha contestável, se classificando apenas no segundo lugar do Grupo F. Perderam para Portugal (0-1), empataram com Marrocos (0-0) e venceram a Polônia (3-0). Nas Oitavas, vitória sobre o Paraguai (3-0).

Os capitães Diego Maradona e Peter Shilton se cumprimentam.

A Argentina, comandada por Carlos Bilardo, foi a campo com Nery Pumpido, Jose Cuciuffo, Oscar Ruggeri, Julio Olarticoechea e José Luis Brown; Sergio Batista, Ricardo Giusti, Héctor Enrique e Jorge Burruchaga; Diego Maradona e Jorge Valdano.

A Inglaterra de Sir Bobby Robson estava escalada com Peter Shilton, Gary Stevens, Kenny Sansom, Terry Fenwick e Terry Butcher; Trevor Steven, Peter Reid, Glenn Hoddle e Steve Hodge; Peter Beardsley e Gary Lineker.

Maradona usa "La Mano de Diós" para abir o placar.

Diante de um público de quase 115 mil pessoas no Estádio Azteca, a tensão era visível nas duas equipes. Tanto que no primeiro tempo, apesar de um bom nível técnico apresentado, o placar não saiu do zero.

Mas aos 6 minutos do primeiro tempo, Maradona tenta tabelar com Valdano, mas a zaga afasta mal e a bola vai para trás, ao encontro de Maradona, que levanta sua mão esquerda ao encontro da bola. Usar La Mano de Diós era a única forma de vencer a altura de Shilton. Apesar de muita reclamação por parte dos ingleses, o arbitro tunisiano Ali Bennaceur validou o gol. Argentina 1-0.

Veja os melhores momentos da partida. Se preferir, veja aqui o jogo completo.

Quatro minutos depois, Maradona presenteou o mundo com o gol mais bonito da história das Copas do Mundo. Ele recebeu no meio campo, ainda do lado de sua defesa. Com três toques na bola, se livrou de Beardsley e Reid. Colou a bola em seu pé esquerdo. Avançou. Cortou Butcher e, em seguida, Fenwick. Se viu de frente para Silton. Driblou para a direita e antes que Butcher se recuperasse, finalizou. Gol de placa de Maradona. Argentina 2-0.

Em 5 minutos, Maradona aniquilou os ingleses.

A Inglaterra tentou pressionar a partir de então. Mas só conseguiu descontar aos 36 minutos com Lineker, de cabeça. 2-1. O mesmo Lineker, novamente pelo alto, teve a última chance para empatar o jogo, mas a zaga argentina conseguiu afastar o perigo. Quando o árbitro apitou o final de jogo, o que se viu foi o delírio argentino pela vitória sobre os históricos rivais.

segunda-feira, 12 de maio de 2014

Gol de Placa: Jairzinho 1970

Brasil e Inglaterra era o jogo mais aguardado da Copa do Mundo de 1970, quando os grupos da primeira fase se definiram. (veja aqui a ficha técnica da partida) O jogo que ficou famoso pela linda defesa de Gordon Banks depois do cabeceio de Pelé, teve também um dos gols mais bonitos da história das Copas.

Jairzinho dispara para o gol, contra a Inglaterra.

Quem vê apenas o chute de Jair ao gol imagina que o tento marcado seria um gol normal. Porém a joga começa com Paulo César ainda no campo de defesa. Ele entrega pra Clodoaldo, que aciona Carlos Alberto. O capitão aciona Tostão, que tenta o chute, mas a bola para na defesa. No rebote, nasce a jogada do gol, protagonizada pelo próprio Tostão, que fica com o rebote e tabela com Paulo César.

Tostão, ao receber a devolução de Paulo César, dá uma caneta no primeiro marcador, deixa o segundo no chão e engana o primeiro novamente ao virar o corpo e cruzar nos pés de Pelé, que acha Jairzinho chegando em velocidade e dá o passe preciso para o Furação encher o pé. Golaço que deu a vitória ao Brasil (1-0).


sábado, 10 de maio de 2014

Olho Nele! - Miroslav Klose


Miroslav Josef Klose nasceu em Opole, na Polônia, em 1978, mas se naturalizou alemão. Começou sua carreira pelo Hamburgo em 1998 e ainda defendeu Kaiserslautern, Werder Bremen e Bayern München antes de chegar à Lazio, da Itália, em 2011.

Klose defendeu a Alemanha nas Copas de 2002, 2006 e 2010. Vai para seu quarto mundial em busca de um recorde: superar Ronaldo e ser o maior goleador da histórias das Copas do Mundo. Klose tem 14, Ronaldo tem 15. Bastam dois gols para Klose entrar para a história.

Klose comemora seu 14º gol em Copas, contra a Argentina em 2010

Veja todos os gols de Klose em Copas do Mundo:

2002 - Alemanha 8-0 Arábia Saudita (3 gols)
2002 - Alemanha 1-1 Irlanda (1 gol)
2002 - Camarões 0-2 Alemanha (1 gol)
2006 - Alemanha 4-2 Costa Rica (2 gols)
2006 - Equador 0-3 Alemanha (2 gols)
2006 - Alemanha (4) 1-1 (2) Argentina (1 gol)
2010 - Alemanha 4-0 Austrália (1 gol)
2010 - Alemanha 4-1 Inglaterra (1 gol)
2010 - Argentina 0-4 Alemanha (2 gols)

sexta-feira, 9 de maio de 2014

FIFA World Cup 1930: Uruguai 4-2 Argentina

Em 1930, o então presidente da FIFA, o francês Jules Rimet, realizou seu desejo de reunir seleções de vários países do mundo em um torneio que teria o status máximo do nosso desporto bretão.

Todos os países filiados a FIFA na época foram convidados a competir, mas apenas Brasil, Argentina, Peru, Paraguai, Chile, Bolívia, Estados Unidos, México, Bélgica, França, Romênia e Iugoslávia foram ao Uruguai para a disputa do torneio.

Argentinos e uruguaios entram em campo para decidir a primeira Copa do Mundo.

As equipes se dividiram em quatro grupos (um com quatro seleções, e os demais com três). Apenas os líderes se classificaram às Semifinais. A Argentina goleou os Estados Unidos (6-1) na primeira semifinal. Na outra partida, o Uruguai passou pela Iugoslávia (6-1), com outra goleada.

No dia 30 de Julho de 1930, o Estádio Centenário, em Montevidéu, recebeu a primeira final da história das Copas do Mundo: o mais importante capítulo da histórica rivalidade entre Argentina e Uruguai. (veja aqui a ficha técnica da partida)

Estádio Centenário foi palco da primeira final de Copa do Mundo.

Donos da casa, o Uruguai tinha uma equipe extremamente vitoriosa. Bicampeões olímpicos em 1924 e 1928, ganharam a alcunha de Celeste Olímpica. Além disso, vinham de um tetra-campeonato sul-americano, em 1920, 1923, 1924 e 1926. Para aquela final, o técnico Alberto Suppici mandou a campo a seguinte formação: Enrique Ballestero, José Nasazzi e Ernesto Marcheroni; José Andrade, Lorenzo Fernández e Álvaro Gestido; Pablo Dorado, Héctor Scarone, Héctor Castro, Pedro Cea e Santos Iriarte.

Seleção uruguaia, campeã mundial em 1930.

Também quatro vezes campeões sul-americanos na década (1921, 1925, 1927 e 1929), os argentinos apostavam no melhor ataque da competição, liderados pelo artilheiro Guillermo Stábile, para superar o favoritismo uruguaio. Francisco Olazar escalou: Juan Botasso, José Della Torre e Fernando Paternoster; Pedro Suárez, Luis Monti e Juan Evaristo; Mario Evaristo, Manuel Ferreira, Guillermo Stábile, Francisco Varallo e Carlos Peucelle.

Uma das maiores polêmicas daquela final envolveu a bola do jogo. Antes da partida, as seleções pleiteavam o fornecimento da bola que seria usada no jogo. O árbitro definiu que no primeiro tempo se usaria a bola argentina e no segundo, a uruguaia.

A bola (uruguaia) utilizada na final, hoje mantida em um museu na Inglaterra.

Os uruguaios abriram o placar aos 12 minutos, com Dorado, para delírio dos quase70 mil torcedores no Estádio Centenário. Mas aos 20 e aos 37, respectivamente, Peucelle e Stábile viraram o placar para os argentinos, donos da bola, que terminaram o primeiro tempo em vantagem: 2-1.

Na segunda etapa, a bola era outra, era uruguaia. Coincidência ou não, a Celeste dominou o jogo. Cea empatou o jogo logo aos 12 minutos. E Iriarte virou aos 23. Aos 44 minutos, Castro sacramentou a conquista uruguaia, definindo o placar de 4-2. O Uruguai marcava novamente seu nome na história, conquistando em casa o primeiro título mundial de futebol.

Jules Rimet (esq) entrega a taça que recebeu seu nome a Dr. Paul Jude, presidente da Associação Uruguaia de Futebol.

quinta-feira, 8 de maio de 2014

Os 23 de Scolari



Enfim chegou mais um aguardado dia, o do anúncio dos 23 convocados de Luís Felipe Scolari para a disputa da Copa do Mundo. Os críticos dizem que teve uma surpresa, mas que não parece ser tão surpresa assim. Em suma, foi uma convocação coerente com o projeto e o desempenho, principalmente após a Copa das Confederações. Então, vamos aos nomes.

Julio Cesar: Ainda recebe suas críticas pelo momento atual ou pela Copa de 2010. Pode não estar em um time grande da Europa ou do Brasil, mas é o homem de confiança do Felipão, o que conta muito para um goleiro.


Jefferson: Segue o rumo da confiança, joga em um time que atualmente não é lá tão grande, mas é presença praticamente constante desde a nova era Scolari.

Victor: Recompensado pela injustiça (Leia-se Dunguisse) de 2010. Grande goleiro, carregou o Atlético-MG campeão da Libertadores-2013 nas costas. Puxou o tapete de Diego Cavalieri aproveitando as oportunidades que teve no fim do ano passado. Merecido.

Daniel Alves: Alvo de críticas e cercado por dúvidas. Não vivemos a melhor das safras na lateral direita e hoje é o que temos. Titular absoluto do Barcelona, o que contribui.

Maicon: Tomar a vaga do Jean não é das tarefas mais difíceis, mas foi outro que soube aproveitar as oportunidades que teve, chegando a ser titular em alguns amistosos. Precisava de uma sequência sem lesões, e a teve. Rafinha foi testado apenas para ser o terceiro nome em caso de emergência.

Marcelo: Outro injustiçado pelas Dunguisses de 2010 e preterido no início da "Era Mano", assumiu a titularidade no amistoso contra a Rússia. É o melhor brasileiro e não há porque perder a vaga.

Maxwell: Dominou as convocações após a Copa das Confederações e assumiu a segunda vaga no posto. As boas atuações no PSG campeão francês contribuíram. Sua experiência pode ser útil em momentos de necessidade.

Thiago Silva: Capitão do time e sabe exercer muito bem a sua liderança tanto na seleção quanto no PSG. Chegou a ser chamado de Novo Maldini nos tempos de Milan, é veloz e já carrega boa rodagem. Foi preparado para assumir a função durante esses 4 anos.

David Luiz: Compões a forte zaga do Chelsea ao lado de Terry e pode jogar como volante. Outro que, apesar da idade, tem uma rodagem considerada. Assim como Thiago Silva, pode-se dizer que foi bem preparado durante o período.

Dante: Titular no Bayern de Munique de Jupp Heynckes e também no de Guardiola. Tem respaldo para ser o primeiro zagueiro do banco, entrou bem quando necessário.

Henrique: Surpresa para muitos, mas não para Felipão e óbvio para o Alan. Carrega a confiança do técnico desde a época de Palmeiras, onde atuou como volante nas finais da Copa do Brasil. Foi para o Napoli, onde chegou a atuar na lateral, mas foi constante e seguro em todas as oportunidades que teve.

Luiz Gustavo: Se não chega a ser um xerife, é o que de melhor temos para primeiro volante. Conteve praticamente todos os ataques da Espanha na final da Copa das Confederações e protege muito bem a retaguarda para eventuais subidas dos zagueiros ao ataque.

Paulinho: Rápido, técnico e versátil. Mesmo atuando como segundo volante, tem poder de decisão e sobe facilmente ao ataque. Tem a titularidade garantida.

Ramires: Teve sua oportunidade no início de 2013 e deu bobeira fora de campo, teve nova oportunidade e soube aproveitar. Pode jogar tanto como volante como aberto no meio-campo. É veloz e marca muito bem, pode entrar em vários jogos.

Fernandinho. Agarrou sua oportunidade no apagar das luzes. De contestação unânime nas convocações de Mano Menezes a boa opção de Felipão, amadureceu muito e teve atuações importantes na campanha do virtual campeão inglês, o Manchester City.

Oscar: Melhor opção para a posição de "camisa 10" da seleção. Alterna partidas como titular e reserva no Chelsea de Mourinho, mas é titular absoluto com a camisa verde e amarela. Extremamente técnico, aciona os atacantes com passos extremamente precisos.

Hernanes: Não é o reserva absoluto de Oscar, pois também faz a função de segundo volante para adiantar Paulinho. Se não é unanimidade, foi outro que respondeu bem às oportunidades que teve.

Bernard: Tem "alegria nas pernas", é habilidoso e ótima opção para o setor ofensivo. Ficou meio sumido no Shakhtar mas continuou a ser convocado, onde rendeu com boas atuações.

Willian: Saiu do ostracismo do Anzhi para ser uma das revelações do Chelsea na atual temporada mas foi outro que correspondeu bem quando teve as oportunidades na seleção.

Jô: Aproveitou bem a vaga de Leandro Damião na Copa das Confederações e não largou o posto. Não vive a melhor das fases no Atlético mas é a opção que temos para centro-avante reserva.

Hulk: Se não é brilhante, é fundamental taticamente e tem força física, o que garante a sua titularidade.

Neymar Jr.: O craque do time, joga pelo lado esquerdo caindo pelo meio, posição que rende mais. Amadureceu muito graças a Felipão e à passagem de Muricy Ramalho pelo Santos.

Fred: Contestado por muitos, mas é o melhor nome para a posição. Não demonstra habilidade, mas se posiciona bem e, o mais importante para o centro-avante, faz gol até falar chega. Tem o respaldo de Felipão e é candidato a goleador na Copa.